XV ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA DO CEARÁ

ARQUIVOS, DOCUMENTOS E ENSINO DE HISTÓRIA: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

25 a 28 de julho de 2016

O EVENTO

ORIENTAÇÃO PARA INSCRIÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS E LISTA DE SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

As inscrições de trabalhos devem ser feitas até o dia 27 de maio de 2016 pelo site do Encontro. Deve ser informado antes do título do resumo o nº do ST escolhido. Exemplo: ST 00 - Título do trabalho

Os estudantes de graduação poderão apresentar trabalhos acadêmicos desde que indicado pelo orientador que deve ser associado e em dia com qualquer ANPUH regional. O orientador deve enviar e-mail para   eehce2016@gmail.com , onde identificará o aluno e o título do trabalho a ser apresentado e declarará porque indica o trabalho para apresentação no encontro estadual (ver modelo na aba downloads deste site).

Os inscritos que apresentarem trabalho em Simpósios Temáticos e desejarem publicar seus textos nos anais eletrônicos devem seguir estas instruções:

Enviar o arquivo do texto até 28 de agosto de 2016 .

O envio do texto implica a cessão dos direitos autorais.

Quanto ao texto, observar o seguinte:

- O texto deve conter no mínimo 08 (oito) e no máximo 15 (quinze) laudas;

- A autoria (nome completo) deverá ter no máximo três autores e vir após o título, à direita. Em nota de rodapé (asterisco) deve ser colocada a Instituição de origem, Titulação e Agência financiadora, quando for o caso;

- Os textos deverão conter resumo e com até 10 (dez) linhas, 3 (três) palavras-chave;

- As citações de até três linhas devem constar entre aspas, no corpo do texto, com o mesmo tipo e tamanho de fonte do texto normal. As referências devem indicar entre parênteses nome do autor em letras maiúsculas, ano de publicação e páginas (SILVA, 1993:11-14);

- As citações a partir de quatro linhas devem ser em Times New Roman 10, itálico, com recuo esquerdo de 4 cm. As referências devem constar no corpo do texto, entre parênteses, como no exemplo acima;

- O uso de notas de rodapé deve ter apenas o caráter explicativo/complementar. Devem ser numeradas em algarismos arábicos sequenciais (Ex.: 1, 2, 3, etc.) na fonte Times New Roman 10 e espaçamento simples;

- As referências bibliográficas deverão ser colocadas no final do texto e de acordo com as regras da ABNT, dispostas em ordem alfabética por autor.

- As páginas devem ser numeradas (margem superior direita), com exceção da primeira.

 

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS APROVADOS

 

ST 01- PRÁTICAS LETRADAS E CULTURA ESCRITA: ANTIGUIDADE, MEDIEVO E MODERNIDADE.

Coordenadores:

Prof. Dr. Gleudson Passos Cardoso (UECE)

Mestrando José Lucas Cordeiro Fernandes (MAHIS/UECE)

RESUMO: O objetivo deste simpósio temático é reunir historiadores/as e pesquisadores/as que lidam com a cultura escrita e as práticas letradas nos recortes da Antiguidade, Medievo e Modernidade. Sabe-se que tanto as práticas letradas (práticas cotidianas em prol do letramento) quanto a cultura escrita (conjunto de realizações simbólicas e materiais em torno do escrito) são recortes temáticos que agregam diferentes agentes históricos em suas realizações ao longo do tempo. Neste sentido, tendo em vista a expansão teórico-metodológica desses campos em suas especificidades temáticas e cronológicas, bem como o crescente volume de trabalhos sobre a cultura escrita e práticas letradas na historiografia cearense, o presente simpósio temático se propõe a agregar trabalhos que possam contribuir para o fortalecimento deste campo, afim de promover a integração de redes e a troca de informações e experiências entre os pesquisadores nestes recortes.  

 

ST 02 ESTUDOS COLONIAIS: AS CAPITANIAS DO NORTE NAS DINÂMICAS DO IMPÉRIO ULTRAMARINO PORTUGUÊS (SÉCULOS XVI-XVIII).

Coordenadores:

Rafael Ricarte da Silva (Doutorando em História Social - UFC)

Gabriel Parente Nogueira (Doutorando em História Social - UFC)

RESUMO: Este Simpósio Temático visa a reunir pesquisadores e demais interessados na História do Império português entre os séculos XVI e XVIII. Pretende-se congregar estudos sobre: as dinâmicas ultramarinas da monarquia lusitana no período colonial; as hierarquias sociais constituídas nas conquistas; as trajetórias política, administrativa e militar dos agentes coloniais; as redes de poder político-econômicas; o processo de conquista e expansão territorial pela política sesmarial; a justiça e a ordenação social nos sertões; os espaços de negociação; a dimensão cultural e religiosa; o aspecto do trabalho e as atividades econômicas desenvolvidas, especialmente nas capitanias do norte do Estado do Brasil. Desta forma, objetiva-se contribuir com o debate historiográfico sobre a sociedade colonial na América lusa e as relações estabelecidas entre centro e periferia no contexto da monarquia pluricontinental

 

ST 03 CULTURA POPULAR: HISTORIOGRAFIA, PRÁTICAS, ARQUIVOS

Coordenadores:

Dr. Francisco Firmino Sales Neto (UFCG)

Dra. Rosilene Alves de Melo (UFCG)

RESUMO: A proposta deste Simpósio Temático é promover o diálogo acerca das relações entre a história e o conjunto de práticas, representações e discursos que problematizam a chamada cultura popular. Compreendendo inicialmente que este campo é marcadamente polissêmico, os estudos que tomam a categoria popular como referência estão presentes em domínios distintos, como os estudos folclóricos, a História Social, a História Cultural e os Estudos Culturais. Em face dessa conexão de domínios, o conceito de cultura popular acolhe conceitos, pressupostos e perspectivas distintas acerca dos rituais, dos costumes e dos bens culturais nas sociedades. Assim sendo, buscamos congregar trabalhos que tematizem as diferentes possibilidades de narrativas histórico-culturais em torno da cultura popular. Neste espaço de diálogo, portanto, serão acolhidas as pesquisas que abordem temáticas relacionadas ao patrimônio cultural, aos saberes e fazeres populares, às instituições de cultura, aos arquivos e fontes culturais, às narrativas culturalistas, aos usos de expressões culturais em sala de aula, enfim, propostas relacionadas às práticas, representações e discursos que conferem significados às experiências culturais em diferentes temporalidades e espacialidades.

 

ST 04 DIREITAS ONTEM E HOJE: NOVAS PESQUISAS E ESTUDOS

Coordenador:

Dr. Cícero João da Costa Filho (Universidade de São Paulo)

RESUMO: Nos últimos anos, temos assistido a uma rápida ascensão de ideias e movimentos de direita, não raro implicando em aumento da intolerância, racismo e retrocesso de diretos.  Essas ideias, apesar de às vezes serem vendidas como novas, têm uma História, que deve ser desvendada e debatida amplamente tanto no meio acadêmico, como além. Isso não tem se dado apenas no Brasil, mas também em vários outros países. Desse modo, acreditamos Neste sentido, o Grupo de Trabalho "História, direita e autoritarismos" abre proposta de debate sobre o estudo de autoritarismos nas diversas esferas temporais e ideológicas, focando, também, na intensificação de choques entre direitas e esquerdas, no intuito de fomentar discussões acerca de pesquisas que dialoguem com tais premissas, atravessando correntes historiográficas, propostas políticas, ideológicas e culturais.

 

ST 05 HISTÓRIA SOCIAL: RENOVAÇÃO HISTORIOGRÁFICA E CAMINHOS PARA A PESQUISA

Coordenadores:

Prof. Dr. Darlan de Oliveira Reis Junior (Universidade Regional do Cariri - URCA).

Prof. Dr. Raimundo Nonato Rodrigues de Souza (Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA).  

RESUMO: O Simpósio Temático tem como objetivos abordar as discussões teóricas e metodológicas da História Social, dialogar sobre as possíveis contribuições para a pesquisa nessa área e conhecer as pesquisas em andamento. Assim, terão prioridades as comunicações que tratem: das relações sociais entre as classes; dos diversos movimentos sociais urbanos e rurais; das inter-relações entre classe, etnia, gênero e gerações; dos debates teóricos sobre categorias e noções acionados pela História Social; das experiências cotidianas e manifestações culturais do mundo do trabalho e dos trabalhadores; das lutas sociais; dos espaços de sociabilidade e de festas; das organizações, irmandades, sindicatos e outras formas de associação, seus códigos e ideologias.

 

ST 06 - A CONSTITUIÇÃO DE SABERES E PRÁTICAS DE PESQUISAS, DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM HISTÓRICA EM ESPAÇOS ESCOLARES, URBANOS E RURAIS.

Coordenador:

Francisco Egberto de Melo (Professor Adjunto do Departamento de História da Universidade Regional do Cariri)

RESUMO: Em tempos de globalização e de redefinição do ensino de história em suas práticas curriculares, de ensino e de aprendizagem, nos diversos espaços de formação da cultura histórica, este Simpósio Temático busca possibilitar o debate sobre o processo de ensino e aprendizagem da história, considerando a diversidade dos saberes e práticas mobilizadas nas escolas e em outros espaços diversos, públicos, urbanos e rurais. Queremos pensar, refletir e confrontar pesquisas e relatos de experiências que deem conta dos processos de formação da cultura histórica e do ensino de História em lugares escolares e extraescolares, pensados como lugares de produção e transmissão de culturas e conhecimento, que geram aprendizagens, currículos e discursos históricos. Dentre outras temáticas, podemos abordar: a pesquisa como estratégia para as práticas docentes; saberes docentes e educação histórica; Cultura Histórica na sociedade globalizada; Aprendizagem histórica e histórica pública; ensino e aprendizagem em história na sociedade do conhecimento e da informação; formação permanente e autônoma de professores de História; Políticas Públicas e formação de profissionais em História; currículos de história e espaços de disputas entre os discursos e as práticas.

 

ST 07 - ARQUIVOS JUDICIÁRIOS, CARTORIAIS, ECLESIÁSTICOS...: DOCUMENTAÇÃO ESCRITA COMO FONTE PARA AS PESQUISAS EM POPULAÇÃO E FAMÍLIA

Coordenadora :

Elisgardênia de Oliveira Chaves - Professora da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano - FAFIDAM/UECE / Doutoranda pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

RESUMO: No Brasil, variados tipos documentais escritos, espalhados por diversos arquivos interioranos, relacionados aos registros paroquiais de casamentos, batismos e óbitos, listas nominativas, inventários e testamentos, processos cíveis e processos crimes, dentre outros, dão margem aos estudos sobre população e família. Esses estudos, sobretudo, a partir dos anos 1970/80, vêm se desenvolvendo num campo vasto de temáticas e problemáticas para a construção da História Social, Econômica e Cultural. Partindo de variado arcabouço documental e de diferentes perspectivas teórico-metodológicas, o presente Simpósio Temático (ST) pretende colocar em diálogo e provocar discussões pesquisas e pesquisadores que trabalhem com diferentes tipos de arquivos e corpus documental escrito composto por livros de tombo, livros paroquiais de registros de batismo, de matrimônio e de óbitos; inventários post-mortem, testamentos, listas de escravos, cartas e registros de alforrias, processos crimes, levantamentos populacionais, entre outros, referentes aos séculos XVIII e XIX e que tenham como objetos de pesquisas estudos populacionais e família: livre, escrava, forra, legitima, consensual, mistas, entre outras formas de composição familiar.

 

ST 08 -  POR UMA HISTÓRIA AGRÁRIA NO CEARÁ

Coordenadores:

Prof. Dr. Mário Martins Viana Júnior (UFC)

Prof. Ms. Sarah Campelo Góis (IFRN)

RESUMO: Este simpósio temático tem por intuito reunir e aproximar professores, estudantes e demais pesquisadores(as) que tenham interesse em debater temáticas relacionadas ao estudo da questão agrária no Nordeste, principalmente no Ceará. Desta forma são muito bem vindos trabalhos preocupados em investigar, analisar e compreender relações estabelecidas no âmbito rural, desde o período colonial até a contemporaneidade, conferindo centralidade a pesquisas sobre as populações do campo, suas culturas, economias, trabalhos, comportamentos, formas de produção, alimentação e lazer, entre outros. O simpósio tem interesse também em recepcionar pesquisas cujo interesse seja a análise das transformações no âmbito rural impelidas pelo Estado e suas instituições e pelo avanço das relações capitalistas no campo, sem deixar de observar os conflitos pela terra, as formas de luta e resistência, os processos migratórios, as memórias camponesas, entre outras questões que ajudem a compreender a historicidade e a diversidade dos sujeitos e suas relações no campo. A expectativa é que essa aproximação de estudiosos(as) sobre a questão agrária propicie múltiplas e variadas trocas de saberes, conhecimentos, metodologias e bibliografias; estimule e amplie consideravelmente os trabalhos de identificação, compreensão e preservação das memórias, patrimônios e acervos sobre as populações camponesas; e que dilate e amplie a História Agrária como campo de estudo e investigação no Ceará.

 

ST  09 - "MEMÓRIA E PATRIMÔNIO CULTURAL: OS DESAFIOS DOS PROFISSIONAIS DE HISTÓRIA"

Coordenadores:

André Aguiar Nogueira (Doutor em História/PUC-SP, Pós-doutorando em História/UFC)

Yazid Jorge Guimarães Costa (Mestre em Memória Social/UNIRIO, Doutorando em História/UFC)

RESUMO: Busca apresentar projetos, pesquisas e experiências de trabalho com a Memória e o Patrimônio Cultural no campo da História reunindo problemas, possiblidades e desafios dos profissionais contemporâneos. Teremos como foco o exercício teórico e prático com diversas instituições e lugares de memória, políticas públicas e inventários culturais, a relação entre patrimônio memória e cidade, os trabalhos da memória, educação patrimonial e ensino de História, entre outros saberes e fazeres, fundamentais no trabalho do historiador.

 

ST 10 - História e documento: reflexões sobre fontes históricas

Coordenadores:

Dr. Jailson Pereira da Silva (Prof. Adjunto da UFC) jailsonsilva@ufc.br

Esp. Maria de Fátima Andrade (Historiadora do NUDOC/UFC) fatinha_ufc@yahoo.com.br

RESUMO: O presente ST deseja ampliar as fronteiras das discussões feitas no âmbito do Grupo de Pesquisa "História e documento: reflexões sobre fontes históricas". Acreditamos que a História é uma linguagem construtora de significados para a ação humana. Perseguidor e construtor de sentidos para nossa existência, o historiador, constantemente, encontra-se com duas incontornáveis encruzilhadas nos seus caminhos: o "tempo" e o "documento". Para atravessar esses desafios, o historiador vê-se obrigado a radicalizar a própria noção de historicidade e, assim, desnaturaliza os conceitos e as suas significações, problematiza os usos e as apropriações que deles se fazem. É nesse movimento que aquilo que consideramos "tempo" e "documento" estão sendo discutidos por historiadores das mais diversas posturas teórico-metodológicas. A noção de tempo linear, que colocava o passado como o inconteste produtor do presente já não parece satisfazer às nossas inquietações. Ao mesmo tempo, a percepção do "documento" como o receptáculo do passado também não nos contenta mais. Isso ocorre porque essas são respostas incompletas para nossa ânsia em saber o que é e como se produz a História.

 

ST 11 - HISTÓRIA E LITERATURA: FONTES, MÉTODOS E APLICABILIDADES.

Coordenador:

Prof. Dr. Tito Barros Leal (UVA)

RESUMO: O Simpósio Temático aqui proposto tem por finalidade fazer revista na produção acadêmica mais recente em torno das relações entre História e Literatura, quer no respeitante ao método historiográfico utilizado para manipular fontes literárias, quer na aplicabilidade das teorias e metodologias literárias para a construção do saber histórico, ou em qualquer outro elo que una essas duas dimensões do intelecto.

 

ST 12 - OS ÍNDIOS NA HISTÓRIA DO BRASIL E DO CEARÁ

Coordenadores:

ANA ALICE MENESCAL

TICIANA DE OLIVEIRA ANTUNES (DOUTORA) - Vínculo Institucional: DeVry - Fanor

RESUMO: Nos últimos 20 anos, a história indígena e do indigenismo no Brasil vêm passando  por uma renovada perspectiva teórica e metodológica; hoje, na região Nordeste, palco de inúmeras emergências e novas formas de apreensão da visibilidade dos povos indígenas, essa questão é ainda mais significativa uma vez que coloca aos pesquisadores o desafio na compreensão desses fenômenos históricos dito contemporâneos mas com marcas bem características da mais antiga área de ocupação da Coroa portuguesa na experiência colonial. O objetivo geral deste Simpósio Temático, por conseguinte, é congregar e discutir com pesquisadores os temas, problemas e desafios analíticos que envolve essa importante área do saber histórico no Ceará. Assim, comunicações sobre temáticas da história indígena e do indigenismo do período colonial aos dias de hoje tornar-se-ão elos necessários para a construção de um painel geral desse tipo de produção acerca dos povos indígenas no Ceará.

 

ST 13 - HISTÓRIA E CIDADE: DIMENSÕES SIMBÓLICAS E MATERIAIS DO ESPAÇO URBANO.

Coordenadores:

José Maria Almeida Neto (Mestre em História Social/ PPGH-UFC)

Manuelle Araújo da Silva (Mestranda em História Social / PPGH - UFC. )

RESUMO:Este simpósio faz parte de um ciclo de apresentações e debates de trabalhos a fim de reunir pesquisas em diferentes estágios dentro da relação entre a História e os espaços da cidade a partir das suas dimensões não apenas materiais, mas também simbólicas. Desta forma esta é uma continuação das conversas iniciadas em outros ST's no Encontro Nacional dos Estudantes de História (ENEH-UECE 2014) e na Semana de História da UECE -2015.Os espaços da cidade não se configuram de maneira neutra, mas refletem tensões e conflitos de interesses nos mais variados âmbitos. Partindo desta premissa, esse simpósio se centra em tentativas de analisar as negociações envolvidas no desenvolvimento, na organização e no processo de significação dos espaços urbanos - sejam estas ações advindas do poder público ou de outros segmentos sociais em sua constante relação com a cidade. Estes processos demonstram a necessidade de problematizar o espaço urbano em seus aspectos tanto materiais quanto simbólicos. A cidade, portanto, é pensada nesse simpósio não apenas como cenário destas ações, mas entendida no próprio processo de construção histórica já que seus espaços envolvem problemáticas que evidenciam um processo de disputas - de preservação, tradição, experiências e rituais - a partir de ações de intervenção técnica de projetos dominantes, mas também de práticas vivenciadas pela população que se desdobram em novos usos e apropriações destes espaços. A materialidade da cidade reflete estas negociações bem como seu aspecto simbólico também as incorpora e revela muito da relação conflituosa estabelecida com este espaço.

 

ST 14 - HISTÓRIA SOCIAL DOS ESPORTES E DAS PRÁTICAS CORPORAIS

Coordenador:

Caio Lucas Morais Pinheiro. Doutorando em História - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

RESUMO: O Simpósio Temático tem como objetivo reunir comunicações/pesquisadores que analisem os esportes e as práticas corporais em geral, contribuindo e dando sequência a produção de trabalhos que relacionam os esportes à História. Nesse sentido, o ST propõe um diálogo com os principais aspectos dos diversos esportes no Brasil (e também noutros lugares), dentro dos marcos de uma História Social. Os esportes podem ser vistos a partir de várias abordagens, entre elas: processo de urbanização, modernização e industrialização; jogo de elites e esporte de massas; espectadores, associados e torcedores; construção das identidades; relações classistas, étnico-culturais, regionais e nacionais. Atenção maior será dada aos aspectos mais atuais dos esportes, os megaeventos, as transformações dos públicos e dos estádios - públicos ou privados - e os efeitos do processo de globalização.

 

ST 15 - MUNDOS DO TRABALHO - COTIDIANO E EXPERIÊNCIA DOS TRABALHADORES NO BRASIL.

Coordenadores:

Nágila Maia de Morais Galvão- Doutoranda (UFPE)

Bárbara Cacau dos Santos - Mestre

RESUMO: O presente simpósio objetiva debater sobre as produções historiográficas acerca do "mundos do trabalho", a questão do trabalho e os movimentos sociais dos trabalhadores no Brasil, destacando suas experiências e ações cotidianas. Discutir as pesquisas que estão sendo realizadas na área, possibilitando um maior conhecimento sobre aspectos da história social do trabalho, tais como: legislação, cidadania, sindicalismo e cultura operária, além de compreender os movimentos que marcam a economia, a constituição social e política da sociedade brasileira.

 

ST 16 - EXPERIÊNCIA, RELAÇÕES DE PODER, PRÁTICAS DE TRABALHO E CONFLITOS SOCIAIS COMO FORMA DE RESISTÊNCIA DOS TRABALHADORES.

Coordenadores:

Prof. Dr. Samuel Carvalheira de Maupeou (UECE)

Danielle Almeida Lopes (Mestranda MAHIS/UECE).

RESUMO: O simpósio tem como principal objetivo agregar pesquisas que remetam as questões relacionadas à experiência, às relações de poder, às praticas de trabalho e as múltiplas formas de resistência dos trabalhadores. Para tanto, serão aceitas investigações sobre tais temáticas no meio rural e urbano, e que se dediquem tanto aos estudos de casos em cidades, estados, regiões ou Estados-nacionais quanto aos que adotam perspectivas comparativas, transnacionais ou globais. Esperamos reunir pesquisas que consideram os locais de trabalho como espaço político privilegiado para a interpretação dos conflitos entre trabalho e capital, e, dentre variados temas que pretendemos agregar, destacamos: as transformações nos processos produtivos e nas relações de trabalho ao longo do tempo; o papel social de feitores, capatazes, contramestres, chefes e gerentes na organização do trabalho; as análises empíricas e reflexões teóricas a respeito de temas como posição estratégica, racionalização do trabalho, fordismo, taylorismo e toyotismo; os impactos das condições de trabalho sobre a saúde dos trabalhadores; os acidentes de trabalho; o cotidiano dos trabalhadores no campo e na cidade; a cultura fabril; as relações entre trabalhadores e capitalistas; o paternalismo e o capitalismo de bem-estar privado; a indisciplina e as brincadeiras no cotidiano de trabalho; as variadas ações dos trabalhadores para diminuir a exploração da força de trabalho; as experiências de controle e gestão operária; e as formas de organização política dos trabalhadores. Por fim, almejamos reunir pesquisadores das diversas áreas das Ciências Humanas e, em especial, historiadores que dialoguem com outras disciplinas - como a Sociologia, a Ciência Política e a Economia - e que valorizem a interdisciplinaridade para o estudo do processo de formação da classe trabalhadora.

 

ST 17 HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA SOBRE O BRASIL MODERNO

Coordenadores:

ProfªDrª. Ana Isabel Reis

ProfªDrª. Ana Sara Cortez

RESUMO: Este Simpósio Temático se propõe a discussão teórica e metodológica sobre o processo histórico que concerne a formação do Brasil enquanto nação moderna, compreendendo o período iniciado com o Impérioe se estendendo até a segunda década do século XX. Destacam-se nesse intervalo temporal as diversas possibilidades de análise desse processo histórico, como as compreensões e modificações relacionadas aos mundos do trabalho,a introdução de inovações tecnológicas imediatamente associadas ao mundo moderno, como o trem e o telégrafo, a introdução de relações capitalistas nos mais diferentes aspectos sociais, o estabelecimento de relações entre os homens e o ambiente, história política e historiografia, a formação de papéis sociais destinados a homens e mulheres, entre outros.

 

ST 18 - HISTÓRIA E ENSINO DE HISTÓRIA: FORMAÇÃO, SABERES, PRÁTICAS E IDENTIDADES.

Coordenadores:

Profª Dra. Maria Regina Santos de Souza (Pós-doutorado Universidade Federal do Pernambuco)

Profª Ma. Maria Nahir Barista Ferreira Torres (Professora da Rede Oficial de Ensino do Estado do Ceará. Doutoranda em Educação/UECE)

RESUMO: O ensino de História como campo de estudo se fortalece, a partir do diálogo entre os profissionais da área de História, do Ensino de História e da Educação. A articulação entre a formação, saberes e práticas possibilitam maior compreensão dos desafios apresentados pelo ensino de História na contemporaneidade. O ensino de História é elemento fundamental na formação de identidades em diferentes instâncias da vida prática. É um campo significativo de atuação dos profissionais advindos dos cursos de História. Essa condição estratégica lhe situa no debate de diferentes questões que envolvem, desde a formação desses profissionais, como a constituição de seus saberes, a elaboração de suas práticas e como estabelecem relação entre a epistemologia histórica e didática da história até a crítica das políticas públicas educacionais. Considera-se ainda, a ampliação da discussão profissional acerca da produção de conhecimento histórico, tendo em vista a demarcação pela busca de novos problemas, novas abordagens e novos objetos, bem como pelas demandas da sociedade civil e pela reorientação das matrizes que nortearam a formulação da memória histórica brasileira.

 

ST 19 - OS DESAFIOS DO ENSINO DE HISTÓRIA NA CONTEMPORANEIDADE.

Coordenadores:

Carla Silvino de Oliveira, doutoranda em Educação pela USP - Universidade Federal do Piauí - UFPI

Geovanio Carlos Bezerra Rodrigues, mestrando em Educação pela UECE - Faculdades Inta

RESUMO: Este simpósio almeja reunir desde pesquisas à relatos de experiências docentes que colaborem para as reflexões em torno de ensino de história, abrangendo as seguintes áreas: ensino de história; didática da história; o uso de fontes no ensino de história; metodologias atreladas ao uso das novas tecnologias da informação e comunicação; a pesquisa histórica na sala de aula; a história nas mais diversas modalidades de ensino. Se objetiva promover a troca de experiências e informações, que contribua diretamente nas reflexões e avanço nas pesquisas em torno das temáticas envolvidas.

 

ST 20 -HISTÓRIA E MEIOS DE COMUNICAÇÃO: FONTES, PROBLEMAS E ABORDAGENS

Coordenadora:

Profa. Dra. Sônia Meneses (Docente Universidade Regional do Cariri-URCA/Profa. Colaboradora do MAHIS)

RESUMO: O objetivo desse simpósio temático é abrir espaço para o diálogo de pesquisas que invistam em trabalhos com diversos meios de comunicação e linguagens. A preocupação será debater sobre problemas, metodologias e fontes relacionadas a essas produções. Compreendemos que as últimas décadas do século XX e primeiras do século XXI tem nos colocado como desafio o lidar com um conjunto de novas linguagens e narrativas que advêm dos vários espaços comunicacionais. Assim, interessa-nos compreender com esses produtos operam e lidam com narrativas sobre os acontecimentos no tempo, regimes de historicidades distintos e construções do real. Investigamos também as dimensões de uma história pública, conceito que vem ganhando espaço nos últimos anos e que se coloca como desafio aos estudos dos historiadores. Importante destacar ainda as dimensões da história ensinada, seja no âmbito formal das salas de aula, seja nas formulações práticas de uma cultura histórica cada vez mais presente em nosso cotidiano. Serão bem-vindos neste St trabalhos que problematizem e façam usos como fontes da imprensa, fotografias, cinema, internet, televisão, assim como, experiências do ensino que abordem linguagens e exemplos dos usos da história a partir desses recursos.

 

ST 21 - ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO EM HISTÓRIA DA ÁFRICA

Coordenadores:

Profª. Drª. Larissa Oliveira e Gabarra (Profa. Adjunta no Curso de História do Instituto de Humanidades e Letras da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB/ Ceará)

Profª. Drª. Artemisa Odila Cande Monteiro (professora Adjunta no Curso de História do Instituto de Humanidades e Letras da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB/ Ceará)

RESUMO: Desde as independências africanas na década de 1960, a História da África vem crescendo como um campo de estudos específico, desmistificando a ideia de que a História do continente começa com a chegada dos europeus. No Brasil, esse campo de estudos se constitui em 1959, com a criação do primeiro Centro de Estudos Africanos e Orientais - CEAO /UFBA, em seguida com um na USP e outro na Candido Mendes no Rio de Janeiro. No entanto, é só na última década do século XX, mas principalmente na primeira década do século XXI, que há um aumento considerável de pesquisas estritamente no campo de Estudos Africanos.  Por outro lado, em consonância com os movimentos de emancipação dos países africanos, se intensificam as críticas a respeito de uma História Africana e Afro-brasileira contada sem se considerar o agenciamento dos africanos e de seus descendentes, motivo pelo qual novas abordagens ganham espaço na historiografia da escravidão, sobretudo. A historiografia sobre o cotidiano dos escravizados, suas famílias e os subterfúgios encontrados para aliviar o ambiente hostil em que viviam, se faz bastante presente nos Encontros Nacionais de História. Essa nova perspectiva para a Escravidão no Brasil enriquece as pesquisas nas áreas de ciências humanas, através de metodologias interdisciplinares como a História Oral e o dialogo com a literatura, por exemplo. O próprio Movimento Negro Unificado se constitui, na década de 1970, como um lugar político de exigência dos Estudos Africanos e Afro-brasileiros nos setores da educação formal. Mas, foi em 2001, na Conferencia Mundial pelos Diretos Humanos e pelo fim do Racismo de Durban, na África do Sul, que o governo brasileiro se compromete com o tema. Em 2003, a promulgação da Lei 10.639 é uma vitória do MNU, mas também de outros movimentos sociais de base e da própria academia, que exige uma revisão da historiografia conservadora que ignora a História da África como parte da História Universal, ou melhor, da Humanidade. Junto com as ações afirmativas, a Lei trouxe uma nova perspectiva para o Ensino de História da África, consequentemente do Brasil e do Mundo, como também para as pesquisas cientificas na área. Nesse sentido, é de ímpar o debate acadêmico que exponha as experiências de pesquisa, ensino e extensão na área de conhecimento de História da África.

 

ST 22  - RELIGIÃO, CIDADE E CULTURA ESCRITA

Coordenador

Prof. Dr. Marcos José Diniz Silva (História /CH-UECE/MAHIS-UECE)

RESUMO: O crescimento dos estudos na área de história das religiões tem se consolidado nos diversos âmbitos da pesquisa histórica, mormente nas graduações e pós-graduações, ensejando a reflexão sobre diversas modalidades interpretativas e a ampliação dos corpus empíricos e lugares sociais de suas manifestações. Por seu turno, os desenvolvimentos da história cultural têm proporcionado significativos trabalhos nos campos da história das religiões, história da cidade, das sensibilidades, como dos usos da escrita e das práticas de leitura. Assim, torna-se de fundamental importância conhecer a percepção dos entrelaçamentos desses campos temáticos nas práticas historiográficas que os interceptem. Pretende-se oportunizar comunicações de trabalhos que explorem as inter-relações entre práticas religiosas, práticas de escrita/leitura e construção de representações de cidade e modos de vida urbanos. Enfim, reunir trabalhos, concluídos ou em fase de produção, que vinculem as reflexões sobre religiões e religiosidades com a cultura escrita em suas múltiplas modalidades e agentes e o espaço da cidade ou nas práticas de urbanidade.

 

ST 23 - HISTÓRIA, HISTORIOGRAFIA & AUDIOVISUAL

Coordenador:

Elton John da Silva Farias (Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) / Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP)

RESUMO: Este Simpósio Temático busca reunir textos que tragam contribuições ao metiér do historiador e à historiografia, à medida que teçam reflexões sobre a pesquisa histórica que possam ser relacionadas às mudanças no modo de conceber a disciplina nessas últimas décadas e centradas no repensar do tempo histórico, na adoção de fontes renovadas e de novos métodos de pesquisa. Ademais, reúne trabalhos que discutam questões de historiografia e análise de certos procedimentos metodológicos para o lidar com as diversas linguagens artísticas e/ou científicas envoltas pelo audiovisual (a exemplo de Música Popular ou Erudita, Cinema, Televisão, Fotografia, Artes Plásticas, Moda, Teatro, Comunicação Social, etc.), além da compreensão da historicidade referente tanto ao conteúdo das obras analisadas quanto às suas questões de ordem estética e/ou de recepção e interpretação de seus significados. Pretende abrir espaço para a pluralidade de linguagens e temáticas de pesquisa dos séculos XIX e XX, período histórico em que a relação áudio/visual é consolidada.

 

ST 24 - DIÁLOGOS ENTRE TEORIAS E DOCUMENTOS PARA A HISTÓRIA DA SAÚDE E DAS DOENÇAS

Coordenadora:

Cláudia Freitas de Oliveira - Universidade Federal do Ceará (UFC)

RESUMO: Após anos de discussão, debates e encontros propostos e realizados pela Anpuh tanto a nível nacional como regional, a História da Saúde e das Doenças consagra-se como um campo de pesquisa com ampla atuação na área da História e Historiografia, através da publicação de monografias, teses e obras distintas. O interesse por parte das novas gerações que estudam e pesquisam os mais variados objetos de análises a partir das mais variadas tipologias de fontes e mediados por distintos referenciais teórico-metodológicos também são representativos quanto à observação do crescimento desse campo. O que nos anos de 1990 configurava-se como um campo ainda incipiente e germinal, apresenta-se a História da Saúde e das Doenças, na contemporaneidade, como planta vindoura de bons frutos. Nesse XV Encontro Estadual de História do Ceará, o Grupo de Trabalho História da Saúde e das Doenças da Anpuh/Secção do Ceará mantem seus posicionamento e compromisso de ratificação quanto ao campo e propõe o Seminário Temático Diálogos entre Teorias e Documentos para a História da Saúde e das Doenças cujo objetivo principal é a realização de trocas de conhecimentos e experiências entre o(a)s pesquisadores tendo como enfoque questões tanto do âmbito teórico como a partir do diálogo documental.

 

ST 25 - HISTÓRIA E CULTURA MATERIAL

Coordenadoras:

Ana Paula Gomes Bezerra- Mestre em História (MAHIS/UECE)  e-mail: paulagbezerra1@gmail.com

Ana Cecília  Farias de Alencar - Mestre em História (MAHIS/UECE)  e-mail: anaceciliahistoria@gmail.com

RESUMO: A partir  das ideias de Appadurai (2008) de que os objetos ao longo de seu trajetória tem uma vida social, e  de  Braudel (2011) de que as relações existentes entre "as coisas e os homens, os homens e as coisas" promovem o que ele chama de vida material,  percebe-se que os objetos podem ser estudados para além de seu uso,  atribuindo a eles novas cargas de significados, funções e valores sociais que vai desde o seu processo de produção até seu rejeite. Essa forma de percepção dos objetos pode mudar de acordo com a forma como são entendidos nos diferentes grupos sociais, sendo capazes de mudar hábitos e costumes. O presente simpósio que tem como objetivo reunir pesquisas relacionadas à Cultura Material nas suas diversas temáticas, trazendo para o debate as discussões a cerca da materialidade presente nos artefatos. Dessa forma, o estudo da Cultura Material possibilita compreender a tríade produção-distribuição-consumo, presente na trajetória dos objetos, nas quais as redes de consumo são formadas, a partir das relações sociais, políticas e econônicas.

 

 

 



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