V Seminário Nacional Gênero e Práticas Culturais

Feminismos, cidadania e participação política no Brasil

26 a 28 de novembro de 2015

Seja Bem-vindo(a)!

Obrigada pela participação, o evento foi um sucesso!

Link disponibilizado pelo palestrante Adriano de Léon para acesso aos livros: http://marcadefantasia.com/livros/veredas/cac/cac.htm 

V Seminário Nacional Gênero e Práticas Culturais é fruto do amadurecimento da parceria acadêmica entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e a Universidade Estadual do Ceará (UECE). Após avaliações empreendidas pela comissão organizadora e reflexões oriundas de outros eventos da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, apresentamos esta quinta edição, como um esforço coletivo para conhecer e socializar a produção intelectual desse campo de conhecimento, a partir da temática central: Feminismos, cidadania e participação política no Brasil.

Em virtude do aniversário de 80 anos da conquista do voto feminino no Brasil, comemorado em fevereiro de 2014, optou-se por definir a temática central desta quinta edição de Feminismos, cidadania e participação política. Faz-se necessário salientar que a constituição de 1934, sancionada durante o governo do então presidente Getúlio Vargas, não traria apenas um novo papel a ser exercido pelas mulheres, de eleitora ou elegível, mas a possibilidade de novas existências. Ainda há, no entanto, muita luta pela frente, dentro e fora da política partidária.

Desta vez, o  evento propõe a reflexão sobre os processos sociais que têm convertido as diferenças sociais em fontes de discriminação e desigualdades, estimulando o diálogo entre diversas epistemologias contemporâneas (pós-modernas, pós-estruturalistas, feministas, teoria Queer, Estudos Culturais, Estudos Subalternos) que refletem sobre a forma como tais processos de diferenciação são construídos.

Uma segunda preocupação que orienta a realização do evento é a criação de espaços de diálogo entre os saberes da academia e movimentos sociais cujo campo de atuação é perpassado pelas questões abordadas. Trata-se de articular tais saberes para identificar como o ato de instituir o diferente como periférico, deficiente e desigual alimenta a capacidade regenerativa do sistema dominante, pela subsunção das diferenças a modelos homogeneizantes, que utilizam as diferenças como meros fragmentos, produzindo, a partir destas, sistemas de classificações, segmentações e fronteiras compactas e homogêneas. Tem-se assim um contexto que demanda a (re)invenção de estratégias políticas, capazes de subverter esses modos de vida, potencializando diferenças e singularidades e articulando espaços  que desafiem limites impostos pelo sistema em prol de uma democracia que garanta a convivência e assegure direitos sem negar as diferenças.

No início da segunda década do século XXI, em nosso país, tal como no resto do mundo, os estudos acerca da problemática gênero e práticas culturais têm contribuído significativamente para a expansão teórica reflexiva, possibilitando entender as  transformações constitutivas de relacionamentos e estilos de vida em uma determinada época e espaço.  Nesse sentido, a realização e a promoção do intercâmbio de experiências entre estudiosos de diferentes instituições e regiões do país, a partir da década de 1970 (cenário de importantes lutas e conquistas), têm tratado, pois, do reconhecimento da histórica dimensão da desigualdade e exclusão sociocultural até então não trabalhada no âmbito acadêmico, sobretudo, em relação às, assim denominadas, minorias. A esta condição inovadora que se consolidou, ressalte-se que, nas últimas três décadas, foram produzidos nos Movimentos Sociais, nas Organizações Não-Governamentais e em outras instâncias da sociedade civil, inúmeros trabalhos, experiências, práticas, vivências e enfrentamentos, bem como monografias, dissertações e teses nos diversos Programas de Pós-Graduação, com destaque para áreas de conhecimento da Educação, Letras e Ciências Humanas.

Dessa forma, na ordem temática que se propõe o referido seminário, é importante enfatizar que a categoria gênero é uma categoria relacional, isso quer dizer, por um lado, que os gêneros se definem na relação com o outro, e por outro lado, sendo um aspecto das relações sociais e culturais de poder e de subjetivação, o gênero se articula com outros tipos de relações sociais - geração, raça, etnia, classe, profissão, sexualidade - de maneiras cada vez mais diversas, indicando novos sentidos e perspectivas de integração em relação à condição humana. Portanto, face às exigências de uma nova realidade, a realização do respectivo evento revela o compromisso dos organizadores em propor a continuidade e a ampliação das reflexões e discussões teórico-metodológicas e pesquisas dos temas aqui tratados, relacionados à problemática de gênero.

 

 

 

INSTITUIÇÕES PARCEIRAS

                                      

       UECE                           UFPB                                UFC                                    UEPB

 

 

 



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